segunda-feira, 21 de maio de 2012

Como a cerveja se tornou a bebida mais consumida no Brasil e resto do mundo.


   Cerveja é a terceira bebida mais consumida no mundo
                                                                          
Imagem cedida pela assessoria de imprensa do Bar Melograno


Por: Marcos Santos

Falar de cerveja no Brasil é o mesmo que falar de futebol, aliás, ambos fazem um par perfeito, pois chegaram  em solo brasileiro no século XVII e de lá para cá se tornaram uma paixão nacional. Apesar do futebol ter conquistado o coração dos quase 200 milhões de brasileiros, o destaque de hoje é para a “breja”, “loira gelada”,  “aquela que desce redondo”, enfim, o nome popular dado a bebida é o que menos importa. Atualmente, o produto é consumido em larga escala e com longa tradição por aqui e, de acordo com pesquisas e vários artigos já publicados na internet e nos maiores veículos de comunicação do país, não foi nada fácil incorporar essa cultura cervejeira na vida dos brasileiros que tinham como bebidas preferidas àquela época, o vinho e a cachaça, porém o vinho era o mais comercializado devido a  influência e pressão comercial dos portugueses, apesar de  a cerveja já ser produzida por aqui naquela época, mas,  de forma caseira e tímida consumida apenas entre as famílias de imigrantes.  Este  consumo foi crescendo gradualmente após a abertura dos portos brasileiros, o quê possibilitou, inclusive,  a entrada de outros produtos vindos de outros cantos do mundo.  Mas, foi em 1846, que surgiu a primeira notícia sobre a fabricação de cerveja em nível comercial no Brasil. Tudo começa quando chega ao solo gaúcho o casal alemão Ritter. Johann Heinrich Ritter II e Caroline Julliane Roth que imigrou da Alemanha para cá naquele ano com seis filhos. Originários da Aldeia de Kempfield e arredores, situados no quadrilátero formado pelos rios Reno, Mosela, Sarre e Nahe, zona conhecida como Hunsruck.  Dois filhos do casal imigrante, Phillip Ritter casado com Catharina Kurtz e Karl Ritter, casado com Maria Elisabheta Schreiner, se mudaram para São Lourenço do Sul, localizado no Sul do Estado  e se dedicaram à agricultura e a produção de cerveja. Na região de Linha Nova, na época uma colônia (Picada Nova) que pertenceu inicialmente a São Leopoldo, depois a São Sebastião do Caí, ficou um agricultor de 24 anos nascido em 10 de março de 1822 em Kempfeld/ Hunsruck, de nome Georg Heinrich Ritter e que durante a viagem de navio conheceu sua primeira esposa, Elisabeth Fuchs, nascida em 19 de janeiro de 1827 em Niederlinxweiler na Alemanha e que, emigrava com seus pais e irmãos no mesmo navio. Georg Heinrich Ritter foi o pioneiro na cervejaria no sul brasileiro. Georg era dotado de várias habilidades, porém a que mais se destacou foi exatamente a arte e as técnicas infalíveis na fabricação de cerveja que aprendera ainda muito jovem com o seu tio materno de nome Roth. Seguiu rigorosamente a lei de pureza em vigor na Alemanha desde 1516. Na composição: malte de cevada, lúpulo, fermento cervejeiro e água limpa garantiram o sucesso absoluto da primeira cerveja criada no Brasil, a cerveja Ritter. A bebida começara a ser fabricada no ano de 1868 numa escala industrial de produção instalada no porão do casarão da família construído em 1864 na região de Nova Petrópolis  - RS. Nela hospedou-se o primeiro pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Linha Nova, Heinrich Wilhelm Hunsche, enquanto não existia casa paroquial na localidade.
Este foi o primeiro e, decisivo passo, para que seus filhos e genros mais tarde ampliassem o negócio, abrindo outras cervejarias pelo Estado do Rio Grande do Sul , já que a fábrica dos Ritter foi a precursora desse negócio que deu tão certo, que depois da água e do chá, a cerveja é a terceira bebida mais consumida no Brasil, ficando atrás apenas da Bélgica, Alemanha e Irlanda, países com maior tradição cervejeira. Estima-se que cada belga beba em média, 90 litros de cerveja por ano, mas, o recorde mesmo está com os tchecos, que consomem em torno de 158 litros por ano deixando para trás os alemães com 131 litros/ano e os irlandeses 110 litros/ano. As Lagers, cervejas mais leves são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis por exemplo por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil. Originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. Tem entre seus tipos mais conhecidos a Pilsener, tipo de cerveja originariamente criada no século XIX na cidade de Pilsen, região da Boêmia da República Tcheca, e que por isso muitas vezes é chamada de Pilsen ou Pils ao invés de Pilsener.O empresário Eduardo Passarelli, dono do bar Melo Grano em Vila Madalena Zona Oeste de São Paulo, atua no ramo cervejeiro há seis anos e concorda com esse resultado, no entanto, diz que as cervejas feitas de trigo e as Pale Ale vêm se destacando cada vez na preferência do público. As Pale Ale são mais claras, com graduação alcoólica até 6%. Foram criadas para competirem com as cervejas Pilsen durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma das cervejas belgas que mais projeção ganhou nos últimos anos foi a Westvleteren 12  produzida no mosteiro Saint Sixtus, na Flandres,  considerada pelos usuários do site independente e muito conceituado com base nos EstadoUnidos, www.ratebeer.com, como  a melhor cerveja do mundo. No Brasil as marcas da cervejaria Ambev, Skol, Antarctica e Brahma são as mais consumidas de acordo com a Associação Brasileira de  Bares e Restaurantes. A região Centro O este é recordista em consumo de cerveja no Brasil e, de acordo com o IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, só no Estado de Mato Grosso, a bebida representa 86%  do total consumido em bebidas alcoólicas comercializadas no estado. Por região, este consumo ajuda a alanvacar a geração de empregos nesta área do Brasil respondendo de acordo com o Sindicerv-Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, pela geração de 1.752.470,07 quase dois milhões empregos diretos e indiretos. No site www.cervejaebrasil.com.br você confere os índices das outras regiões.

Existem catalogados mais de 650 tipos de cervejas e as mais consumidas no mundo de acordo com avaliação feita com os consumidores e donos de bares e restaurantes. Só aqui no Brasil é possível encontrar 665 tipos diferentes da bebida, ficando na frente da dos Estados Unidos com 378 e da Bélgica que tem um total de 332 marcas diferentes de cerveja. Confira a tabela abaixo:

Dados do site: www.brejas.com.br

 



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