quinta-feira, 31 de maio de 2018

Operação REGISTRO ESPÚRIO da Polícia Federal causa alvoroço no Conselho Federal da Ordem dos Músicos do Brasil.

Por Marcos Santos

A Polícia Federal deflagrou  ontem quarta-feira operação que começa desvendar as denúncias que este blog vem apresentando há três anos. Batizada de OPERAÇÃO REGISTRO ESPÚRIO que significa registro desonesto, falsificado e coisas do tipo. A Polícia Federal em conjunto com o MPF buscam revelar esquemas criminosos envolvendo o Ministério do Trabalho, políticos e lideres sindicais. De acordo com o site G1 e a matéria do Jornal Nacional-Rede Globo há políticos de partidos de grande expressão e revela: "Segundo as investigações, o núcleo político do suposto esquema teria como participantes, além dos deputados, o presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson; o suplente de deputado Ademir Camilo Prates Rodrigues (MDB-MG); e os senadores Dalírio Beber (PSDB-SC) e Cidinho Santos (PR-MT), atualmente licenciado do mandato". 

Ainda de acordo com a matéria, os agentes federais também fizeram buscas na Força Sindical e na União Geral dos Trabalhadores (UGT) de Ricardo Patah. A imagem ao lado mostra o motoboy Alemão recebendo registro sindical das mãos de Manoel Dias-PTB, ex-ministro do trabalho do governo Dilma acompanhados de Ricardo Patah, presidente da UGT. Hoje interventor do Conselho federal da Ordem dos Músicos do Brasil, mas, em 2013 Gerson Tajes  conseguiu sua carta sindical e de seus diretores de maneira suspeita e, é exatamente isso  que a matéria da Globo busca revelar.  Tajes conseguiu cooptar apoio não só figuras divulgadas no site G1, como também da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo onde é funcionário vitalício, apoio da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, à época dirigida por Luiz Antonio Medeiros, além de políticos como: Ademir Camilo (amigo do Alemão) apontado como suspeito nos esquemas de fraudes nos registros sindicais e Paulinho da Força. Já os parlamentares,  senador Magno Malta (PR), deputado federal Marcelo Aguiar (DEM) se juntaram a Gerson Tajes após o motoboy ter invadido a OMB. Não há registros de que esses dois últimos tenham participado dos esquemas que começaram em 2013.

O suposto esquema.

A apuração começou há um ano, informou a Polícia Federal, para investigação de crimes de formação de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, as investigações revelaram "um amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes sindicais e parlamentares".

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o esquema de fraudes nos registros sindicais funcionava em secretarias do MT responsável pela análise de pedidos de registro. Fonte: G1.

Ligando os fatos.

A operação 'Espúria' da PF apurou que houve registro que chegou a custar até R$ 4 milhões. Quatro anos atrás a jornalista Cláudia Souza denunciou esquemas de desvio de mais de R$ 4 milhões dos cofres do Sindicato dos Músicos no Estado de São Paulo. Será que essa fortuna foi destinada à compra do registro de Gerson Tajes e seus asseclas em 2013? 





De acordo com os documentos que essa redação teve acesso, houve sim irregularidades na posse de Gerson Tajes Alemão e sua diretoria à frente do Sindicato dos Músicos no Estado de São Paulo em 2013. Entretanto, as denúncias e documentos  encaminhados ao Ministério Público, Ministério do Trabalho e à Justiça de São Paulo até hoje não foram apurados. Talvez, essa operação da PF  esclareça como que o motoboy Alemão conseguiu alçar voos tão altos mesmo com tantos crimes que pesam em suas costas desde que invadiu o Sindmussp há cinco anos, sobretudo, fraudando o próprio estatuto da entidade. Sem apoio político de parlamentares isso jamais seria possível. Que a PF e MPF possam definitivamente elucidar os fatos e punir os responsáveis pelo sucateamento das entidades envolvidas.



Documentos que o J.Com teve acesso.









Após essa divulgação, cabe ao Ministério Público e Ministério do Trabalho esclarecerem à sociedade quais foram os critérios utilizados para que essas pessoas ocupassem cargos de diretoria na entidade burlando não apenas as regras estabelecidas pelo Estatuto, como também as que "regulam" as diretrizes do Ministério do Trabalho.  





Essa geração de corruptos será varrida da face da terra e está começando pelo Brasil.

Confira a matéria completa acessando este link.


Créditos dados à Rede Globo e site G1.


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