sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Águia-Comunicação e artes visuais.

Autor: Marcos Santos



Admiro a arte e acredito que a transformação e renovação para uma nova mentalidade, começam na busca por alternativas que nos façam sair da atmosfera do lugar comum e da mesmice. Apesar das guerras, das más notícias, da suposta decadência humana, do esfriamento amoroso de muitos,  sempre há uma janela de oportunidades onde poderemos enxergar a beleza e o colorido da vida que nos constrange com sua exuberância, charme, equilíbrio e força. Portanto, te convido a partir de agora a conhecer o meu lado artístico sob a ótica das artes visuais. É onde eu paro tudo para dar passagem as boas energias que me elevam para um nível mais profundo de intimidade com Deus e sua criação. O céu é o limite para quem sabe alçar voos altos e dar asas à imaginação. Contemple!





 
























quinta-feira, 30 de agosto de 2018

O voto de Tiririca

Imagem da internet

Por Marcos Santos

O palhaço Tiririca-PR/SP até hoje é o parlamentar mais bem votado da história das eleições no Brasil. EM 2011 e reeleito em 2015 ocupando o terceiro lugar no rancking. Ele é a síntese de que política neste país não dá para levar a sério. Para quem se não lembra em 06 de dezembro de 2017 ele subiu à tribuna na Câmara para declarar seu desgosto e decepção pela política e desabafou: "Eu saio decepcionado[...] cara eu sou ator; se eu quiser subir ali pra mentir...Eu sem falar, é a primeira e última vez que estou falando. Eu, sem falar todas as duas votações foram mais de um milhão de votos brincando e falando a verdade." 

Já no último dia 4 Tiririca conseguiu mostrar o quanto está contaminado com a velha política e contrariando seu próprio discurso decidiu que irá se candidatar novamente a uma vaga no Legislativo. Dá pra levar a sério e confiar nesses que se dizem representantes do povo, ou será que em apenas oito meses as coisas mudaram no planalto central?

Em 7 anos de mandato o palhaço nordestino não conseguiu conseguiu aprovar sequer algum projeto de "sua" autoria, exceto, o PL que instituiu o Programa de Cultura do Trabalhador criando o vale cultura, mas vale ressaltar que esse projeto não é dele, Tiririca apenas assinou junto com outros parlamentares.  Portanto, só "mamou" nas tetas no dinheiro público por sete anos gozando das mordomias que o cargo oferece como ele mesmo enfatizou em seu último discurso. 

Voto dos abestados!

Essa mesma história triste está prestes a se repetir com o voto de protesto dos "abestados". Como dizia o palhaço do PR-"Vote no Tiririca, pior do que está não fica". Infelizmente ficou muito pior e sem querer ser pragmático, o Brasil está prestes a repetir o mesmo erro quando em sinal de protesto e sem medir as consequências jogou seu voto na latrina, sobretudo, os jovens que, sem saber, além de Tiririca arrastaram mais uns três ou quatro com ele. 

 O Tiririca da vez agora é o Jair Bolsonaro-PSL que aparece em segundo lugar nas pesquisas divulgadas hoje no site Poder 360 com 21% das intenções de voto, enquanto Fernando Haddad-PT  lidera com 34% pegando carona na popularidade do ex-presidente Lula,  preso desde abril deste ano, condenado em segunda instância por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Porém, pesquisas não são fator determinante de resultados. O quadro poderá mudar a partir de amanhã com a propaganda eleitoral que será veiculada no rádio e na televisão. Nada ainda está definido. 

Bolsonaro continua apostando no seu discurso incisivo que tem agradado a muitos, mas cabe ressaltar que entre o que ele promete e a concretização das suas propostas  há um linha muito tênue, haja vista que o Executivo não tem poderes para criar e nem mudar leis. Uma coisa é prometer que vai liberar o porte de arma para  população, interferir nas políticas de igualdade de gênero, exterminar os traficantes da rocinha no Rio de Janeiro, acabar com o tráfico de armas nas fronteiras, etc.  Outra coisa é obter apoio para isso e enfrentar parlamentares diretamente ligados ao PCC e ao crime organizado nacional infiltrados não só em Brasília, mas também em outros territórios brasileiros.  Já no campo da economia ele aposta todas as fichas em seu provável ministro Paulo Guedes  já anunciado em rede nacional. Ele comparou a amizade de Guedes a um casamento e disse no Jornal Nacional-Rede Globo que confia a fidelidade do economista, mas, nada é para sempre, ressaltou. 

Muitos acreditam que o militar da reserva adotou uma postura semelhante a do Republicano  Donald Trump vencedor das eleições para presidente dos Estados Unidos em 2016, mas se esquecem que, ao contrário de Trump, magnata bilionário e midiático, Bolsonaro não tem e nem terá cacife para convencer a maioria do Congresso (caso seja eleito) a votarem nos seus projetos. Infelizmente, sem querer ser pragmático novamente, seja quem for que ganhar essas eleições, dificilmente conseguirá implementar tudo o que está sendo prometido ao povo.  Segundo o site Valor econômico  o próximo presidente além de pegar a máquina do governo quebrada e com um déficit de R$ 139 bilhões, ainda terá sérias dificuldades  para lidar com o atual aumento salarial de 16,38% concedido ontem ao Judiciário passando dos R$33,7 mil para R$39,2 mil o que acarretará em um despesa extra de R$250 milhões nas contas do executivo. 

Portanto, chega ser irracional acreditar que alguém como Bolsonaro ou quem quer que seja conseguirá tirar o Brasil do atoleiro no médio ou curto prazo com tamanho rombo nas contas públicas. Falar e prometer é uma coisa, difícil mesmo vai ser bater de frente com os vampiros que sempre sugaram o sangue do trabalhador  assaltando os cofres públicos na maior cara de pau, para ostentarem em suas mordomias. Enquanto isso o que vemos são cidadãos morrendo vítima de bala perdida nas favelas e semáforos, nos corredores dos hospitais por falta de médicos e medicamentos, nos protões de suas casas vítimas de menores infratores que matam por causa de um celular, mulheres vítimas da violência doméstica, etc. 

Quem sabe esse voto de protesto ao Bolsonaro cuja maioria emergirá do público jovem ressuscitará o velho slogan do deputado Tiririca, porém, num outro contexto que provavelmente essa mesma maioria não está calculando as terríveis consequências.  Tudo poderá ficar pior sim se o próximo presidente ao contrário do que está prometendo, governar para os ricos e poderosos desse imenso país da desigualdade endêmica.




terça-feira, 28 de agosto de 2018

A raiz de todos os males

Imagem da internet.
Por Marcos Santos

De acordo com a Bíblia sagrada, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.
Traçando um paralelo dessa verdade bíblica em 1º Timóteo 6:10 com a campanha política deste ano, percebe-se que, mesmo escrito por volta de 62 a 66 depois de Cristo, nada mudou com relação a ganância e desejo exacerbado do homem pelo poder e dinheiro. 

A notícia de hoje nos principais jornais do país é sobre os investimentos milionários dos empresários em seus candidatos favoritos mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal em 2015 que proibiu esse tipo de financiamento por causa da concorrência desleal e da máxima de quem paga mais leva.

De onde virá o retorno?
O presidenciável Henrique Meirelles o ex testa de ferro da economia do governo Temer, além do fundo partidário irá investir R$ 20 milhões de seus próprios recursos em sua campanha, daí eu pergunto: de onde ele vai tirar o retorno desse investimento milionário caso seja eleito (possibilidade muito remota que isso aconteça) onde o teto salarial do presidente não poderá ultrapassar a casa dos R$ 33 mil reais por mês? Multiplicando este salário por 48 meses, tempo de mandato, a soma chega ao valor de R$1,584 milhão, ou seja, 7,5% apenas de retorno da cifra milionária dos R$20 milhões investidos. Quem sabe o Geddel Viera Lima tem a fórmula mágica que transforma o “modesto” salário em R$ 51 milhões?

O dono da rede de lojas Riachuelo Nevaldo da Rocha investiu R$2 milhões na campanha do seu neto que concorre ao cargo de deputado federal pelo PRB-Gabriel Kanner que, assim como Meirelles não terá esse dinheiro de volta em 4 anos contando apenas com um salário de R$33.763,00 além das mordomias.

Não existe “salvador da pátria”

Nomes como: Jair Bolsonaro e Ciro Gomes aparecem na campanha como possíveis “salvadores da pátria e, infelizmente, tem muita gente que acredita em sofismas e bravatas. Essa é a velha política impregnada nas entranhas desses velhacos que há décadas vêm assistindo de camarote a decadência moral, ética, política e econômica do Brasil e agora ressurgem como “Messias” que irão tirar os pecadores do purgatório e garantir-lhes um lugar confortável no paraíso onde não haverá endividados e nem criminosos, já que no discurso de Bolsonaro-PSL armando a população a bandidagem irá se dissipar. Já os outros candidatos apostam em outras estratégias para tirar o Brasil do tremendo lamaçal econômico em que se encontra. Segundo o IBGE-Instituto de Geografia e Estatística, há no país hoje mais de 13 milhões de desempregados e, além disso, 27 milhões estão vivendo do famoso bico totalmente às margens dos direitos trabalhistas fundamentais como garantia de um futuro em caso de doenças, idade e até mesmo acesso a bens e serviços como qualquer trabalhador merece ter.

Outro problema muito grave e que não está na agenda e nem na pauta dos candidatos é a grave crise humanitária que assola o estado de Roraima com a chegada indiscriminada dos venezuelanos que cruzam a fronteira diariamente fugindo da fome e da miséria que se instalou na Venezuela por causa das medidas drásticas de Nicolas Maduro que, a exemplo do seu antecessor, conseguiu colocar o país na maior recessão de todos os tempos.

Tem a questão das estradas precárias brasileiras que dificultam o escoamento da produção de alimentos e até agora ninguém apresentou uma proposta convincente de políticas públicas para solucionar esse grave problema que acarreta em desperdício de milhões de grãos impactando diretamente no crescimento do PIB.

O maior problema do Brasil não é a falta de recursos e nem da produção agrícola que é a maior responsável pelo resultado positivo do PIB, mas sim, a incompetência dos governantes que usam de seus cargos políticos para enriquecerem e se perpetuarem no poder criando, portanto, na maioria dos casos uma oligarquia perversa e em outros, uma  dinastia, aniquilado toda e qualquer chance de novos atores políticos tentarem uma vaga nas principais casas que comandam os rumos da nação nas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário.

O Brasil só será de fato uma democracia quando o povo entender que os políticos são eleitos para serem nossos empregados e defenderem nossos direitos constitucionais, e não fazer de seu cargo público uma profissão e na maioria dos casos um balcão de negócios ilícitos com as piores trocas de favores em detrimento aos reais interesses da sociedade.

Esse vício que corrói o país há décadas faz com que aumente cada vez mais o descontentamento e desconfiança da maioria do povo brasileiro nos partidos políticos que pensam que mudando de sigla o problema está resolvido, claro que não.

No país do carnaval e futebol a velha prática de substituir o verdadeiro nome por outro como por exemplo: favela virou comunidade, PTN virou Podemos, PMDB virou MDB e daí por diante, é sinônimo de renovação e inovação.
Por isso que nunca antes na história recente das eleições no Brasil houve um número tão expressivo de eleitores indecisos e aqueles que votarão nulo ou em branco. O descrédito é geral e se acentuou de quatro anos para cá com a Operação Lava Jato que conseguiu colocar poderosos na cadeia e recuperar mais de R$10 bilhões aos cofres públicos.
Só terá uma maneira do Brasil se tornar uma grande potência mundial:  concentrar toda sua riqueza nas mãos de quem realmente trabalha e gera essa riqueza. O povo. Caso contrário ficaremos apenas como mero espectadores nos piores lugares da arquibancada vendo a China, os Estados Unidos, a Coréia do Sul, Japão, Alemanha dentre outros conquistando as melhores posições na economia global.
     

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