quarta-feira, 6 de junho de 2018

UGT e FORÇA SINDICAL são apontadas como pivôs em esquemas de propinas na operação 'REGISTRO ESPÚRIO' da PF.



Imagem reprodução do site O Estadão.


Por Marcos Santos

As estruturas das centrais sindicais: União Geral dos Trabalhadores-UGT  e Força Sindical ambas em São Paulo, foram abaladas mais uma vez com a notícia bombástica publicada hoje no site do Estadão. Segundo a matéria dos jornalistas, Breno Pires e Fábio Serapião de Brasília, "A Operação Registro Espúrio aponta indícios de que um depósito de R$300 mil feito pela União Geral dos Trabalhadores (UGT)  na conta de um sindicato teria sido utilizado para o pagamento de propina a servidores do Ministério do Trabalho. O objetivo do repasse seria para a obtenção de registro do sindicato dos empregados em restaurantes e serviços de São Paulo e região, o Sintraresp. Essa é a primeira ligação que os investigadores fazem da UGT com o suposto pagamento de propina e apontam o presidente da entidade, Ricardo Patah, como o responsável pela disponibilização dos recursos". 

Na medida que as investigações avançam o desespero e angústia aumentam e caminham na mesma proporção na vida de sindicalistas pelegos de outros segmentos. Até hoje nenhuma autoridade conseguiu desvendar o 'mistério' que existe por trás do Sindicato dos Músicos no Estado de São Paulo, haja vista que desde 2015 este blog vem apresentando sérias denúncias envolvendo essa "nova" gestão.

Em 2013 quando o Sindmussp foi invadido pelo Alemão e seu bando, eles apostaram no marketing político falacioso que atraiu milhares de trabalhadores da música e até personalidades da política e da mídia, porém, já no ano seguinte a entidade começa a sofrer sérios problemas financeiros mesmo com R$ 4.7 milhões encontrados na conta do sindicato, dinheiro este que nunca mais foi encontrado e nem sequer prestado contas aos associados em assembleias. 

O que essa operação busca esclarecer é sobretudo, que esses agentes sindicais, supostamente sempre agiram sob a tutela dessas organizações criminosas apontadas na reportagem. Sindicatos no Brasil desde que foram implantados se tornaram um negócio muito lucrativo e, sem as devidas fiscalizações a corrupção começou a correr solta e o que deveria ser alento aos trabalhadores associados ou não, passou a ser um tormento na vida desses, inclusive, de quem trabalha como funcionários nessas entidades devido atraso nos vencimentos e até calote como no caso do Sindmussp que, segundo informações, acumula dívidas milionárias só com processos trabalhistas, além de dívidas com condomínio e outros serviços essenciais.

Por que Ricardo Patah-UGT desvinculou o Sindmussp da sua filiação e nunca mais quis saber do Alemão e da Ordem dos Músicos?

Nessa conversa gravada em 2014, blog J.Com apurou que haviam fortes ligações políticas entre o presidente da UGT e Gerson Tajes Alemão afirmando   que Ricardo Patah participou de reuniões para tratar da reestruturação da "nova" OMB-Ordem dos Músicos do Brasil que, por sinal é uma entidade acéfala, atolada em esquemas de corrupção e tem como "irmão" nas fraudes e negócios espúrios o Sindmussp, conforme já foi mostrado aqui dezenas de vezes. O áudio abaixo comprova a ligação de Alemão com a UGT por meio de  instruções à sua diretoria sobre  a importância da parceria política entre ele, Patah, Tony Maranhão e Roberto Bueno, presidente da OMB à época, porém, hoje deposto pelo motoboy e seus sectários.


Quatro anos já se passaram e a tal reestruturação só ficou na retórica e de lá para cá os escândalos aumentaram e o saldo negativo dessas parcerias trouxe ainda mais prejuízos à classe trabalhadora que vive da música e, em especial os músicos que se encontram totalmente desamparados e à margem de sus direitos trabalhistas como mostra essa matéria de 31 de outubro de 2016.

Muito ainda precisa ser apurado nessa operação da Polícia Federal e Ministério Público Federal, principalmente, a emblemática relação entre dirigentes sindicais de São Paulo com o ex-superintendente da SRT/SP, Luiz Antonio Medeiros e Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio. Ao lado, Medeiros discursa para um pequeno grupo de militantes sindicais em frente ao Teatro Municipal em São Paulo num evento realizado em dezembro de 2014. 



   

                                                          Roberto Medina recebendo Alemão em seu camarote na  sexta edição do Rock in Rio.

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